Texto retirado da Página “Papista” no Facebook
https://www.facebook.com/umpapista/
Reflexão sobre a Liturgia: Quarta-Feira de Cinzas
Leituras:
Jl 2,12-18
Salmo 51(50)
2Cor 5,20–6,2
Mt 6,1-6.16-18
Na Liturgia de hoje, com humildade e o reconhecimento de nossos pecados, voltamos a nossa face ao Senhor para que Ele não desvie a Sua Face de nós.
Na primeira leitura, o profeta Joel nos exorta ao arrependimento e à penitência. Precisamos abrir nossos corações para o Senhor e não cair na revolta contra o destino que nós mesmos cavamos, contrariando os desígnios do Senhor. O profeta nos comanda a observar com mais firmeza as prescrições litúrgicas e, ao mesmo tempo, as boas obras que são a vivência cristã.
O Salmo de hoje é ‘Miserere’, o grande Salmo em que o Rei Davi pediu perdão pelos seus terríveis pecados. Em seu profundo e sincero arrependimento, Davi nos ensina a pedir não apenas uma limpeza superficial dos nossos pecados, mas uma profunda transformação que só vem com o arrependimento verdadeiro e uma confissão sem medo.
Como dizia São João Crisóstomo, devemos ter medo de pecar, não de confessar nossas quedas. A Igreja é um hospital, não uma corte da lei, dizia o Doutor da ‘boca de ouro’. Entre para ser limpo. Cantemos com alegria que reconhecemos nossos erros e buscamos a cura do amor do Senhor.
Na segunda leitura, São Paulo nos exorta a reconhecer a verdade da confissão: não é uma humilhação, mas um ato de reconciliação com o Senhor. Daí o nome do Sacramento. A hora é agora! Voltemos os nossos corações totalmente ao Senhor!
No Evangelho de hoje, o Senhor nos ensina o caminho das boas obras vividas com fé. A esmola, a oração e o jejum são parte do nosso processo de união com o Senhor, pois ajudar o irmão caído, um pecador como nós, é juntar um tesouro da Graça nos Céus.
Vivamos essas obras com alegria e não com pesar. Deus nos dará o suficiente para cumpri-las dentro das nossas forças, se para isso nos dedicarmos.
Nos aproximemos do Senhor no altar com humildade resignação. Chegou o momento de entrar no deserto com o Senhor. Para isso, não há outra alternativa a não ser reconhecer nossa culpa, viver a fé em obras e caminhar com a certeza de que, ao final, a vitória será do amor de Cristo.
Em Cristo, entregue à proteção da Virgem Maria,
um Papista