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A participação de Jair Bolsonaro neste domingo (19), numa manifestação  que defendia a intervenção militar e o fechamento do Congresso,  recebeu críticas até de setores do empresariado que costumam apoiá-lo. A avaliação é a de que o presidente é um forte defensor de uma mensagem agradável aos ouvidos da maior parte dos empresários, a reabertura da economia, mas ele provocou uma instabilidade política e uma insegurança que não interessa a ninguém.

Para Paulo Solmucci, presidente da Associação de Restaurantes e Bares, a postura de Bolsonaro assustou, e qualquer movimento de retrocesso na democracia gera insegurança.  “Queríamos ver pontes sendo construídas. O governo não tem potência na caneta para resolver sozinho a crise, e o Congresso tem que se harmonizar com o Executivo”, diz.

“Não é o momento de ficar criando dificuldades com o Congresso num momento como este”, afirma  Humberto Barbato, presidente da Associação  da Indústria Elétrica e Eletrônica. Barbato, porém defende Bolsonaro,  e disse ter visto  nesta segunda (20) a intenção de baixar a fervura”.

“Foi inoportuno. Seria melhor que, em vez dele ter ido a manifestação, ele tivesse marcado um encontro com os presidentes do Senado e da Câmara para agendar os tópicos que temos pela frente na crise”, diz José Roriz, vice-presidente da FIESP.

Folha de S. Paulo

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