Num dia como hoje, 6 de março de 2015, o Expeditiano Pedro Raimundo da Silva (meu pai) na presença de sua esposa, dona Janete Alves (e de vários filhos), com quem foi casado por 58 anos, partiu para a Casa do Pai Eterno.

Um homem de bem e do bem, agricultor nato, temente a Deus, devoto de Maria Santíssima e da Igreja Católica, sindicalista rural, nascido e criado no Sítio Boa Vista dos Raimundos, em SPP onde viveu por 89 anos. Papai, que muito trabalho e dedicação, com a ajuda de dona Janete, nossa mãe, criou e educou uma extensa família composta por 12 filhos(as) onde todos(as) enveredaram e continuam seguindo pelos caminhos do bem.

Vale dizer, que Celso, o 3º na hierarquia, também já partiu para a Eternidade, aos 57 anos.

Para completar esta homenagem ao nosso pai, no seu 8º ano de vida eterna, republicamos aqui um artigo escrito pelo seu neto Silvério Filho, no dia 6 de março de 2015, data do falecimento do seu avô paterno, com o título:

“Ao meu avô, deixo a confiança de Tertuliano”.

Silvério Filho

O meu avô Pedro, pai do meu pai, faleceu na última sexta-feira, aos 89 anos. Católico convicto, quando a consciência falhava por força da idade avançada, poderia esquecer de tudo, mas não esquecia de clamar pela Misericórdia de Deus e pela Santa Intercessão da Virgem Imaculada.

A dor da perda de um ente querido é inevitável. Perdemos uma pessoa que muito nos ensinou com sua sabedoria e simplicidade, e com sua fé inquebrantável em Deus, em Nossa Senhora e nos ensinamentos da Igreja Católica. Porém, justamente por termos recebido tais ensinamentos, é que devemos também nos alegrar por sua partida, afinal é na morte que Deus chama o homem a si.

Como bom cristão, meu avô cria na vitória do Messias sobre a morte. Compactuava com um importante padre dos tempos antigos, Tertuliano, segundo quem “a confiança dos cristãos é a ressurreição dos mortos; crendo nela, somos cristãos”. 

Deste modo, temos que sentir por nosso ente querido o que São Paulo sentiu em Fl 1, 23, ou seja, que ele partiu para estar com Cristo. Temos que compreender que, como bem disse Santa Tereza do Menino Jesus, não se morre, entra-se na vida.

Sendo assim, não devemos ficar tristes. Creiamos no que o próprio Pedro Raimundo cria e que nos ensinou desde sempre; acreditemos na promessa de Cristo, muito bem expressa na Santa Liturgia: “Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. Desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.

Para terminar, faço a pergunta que São Paulo fez em 1 Coríntios, 15, 55: “Onde está, ó morte, a tua vitória?”. Respondo: não há vitória da morte, pois Cristo a venceu para que nós também pudéssemos vencê-la. Não tenho nenhuma dúvida que meu avô, que educou toda a família na fé católica, que amava a Deus e a Maria Santíssima, por graça de Cristo também venceu a morte e já está na presença de nosso Senhor.

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