Por @silverioalvesfilho

Dona Nini é umas das poucas figuras unânimes da história de São Paulo do Potengi.

Aquela pessoa pela qual todos tinham respeito e carinho.

Ela gostava de lembrar que foi no Educandário Jesus Menino, fundado por ela, que eu comecei meus estudos (e tive uma infância feliz).

Ela gostava de lembrar que era ouvinte fiel do saudoso Destaque Político, que por algum tempo apresentei com meu pai na Rádio Potengi.

Mas ela gostava de lembrar, acima de tudo, da fé comigo compartilhada no santo católico (ainda) não canonizado Monsenhor Expedito.

Dona Nini exalava fé e amor.

O modo como partiu me fez lembrar de Nossa Senhora, da qual ela era devota.

Por causa do dogma da Imaculada Conceição, há um debate entre os católicos se Maria teria ou não morrido.

A igreja deixa a questão em aberto.

Eu acredito que ela morreu.

Morreu de amor, imitando perfeitamente o seu Filho amado.

Dona Nini, por outro lado, imitou seu esposo amado, dr. Gileno, que partiu há exatos 7 anos, em 1º de fevereiro de 2017.

Faleceu hoje para atestar que até na morte ela amou.

Porque, como está escrito no livro de Cânticos 8,6, “o amor é tão forte quanto a morte”.

Ela partiu sem que eu pagasse a visita que lhe devia.

Mas um dia hei de vê-la novamente.

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