Lula disse ontem numa solenidade que o plano de uma facção criminosa para matar Moro poderia ser uma armação do Senador.

Lula errou. É preciso que se diga que ele errou, porque dizíamos quando Bolsonaro errava.

No presente caso, a PF, comandada por Lula, descobriu um plano e realizou prisões. Numa conjuntura dessas, o presidente, se não quisesse apoiar a atuação da corporação, deveria ter dito que aguardava as apurações ou, pelo menos, ficado calado.

Trata-se de uma acusação séria, de um Senador da República que poderia ser assasinado pelo crime organizado junto com sua família.

Não é assunto para um presidente da república soltar piada, independentemente das desavenças pessoais que tem com o Senador. A liturgia do cargo não permite.

Se eventualmente for armação, que se comente após a apuração da PF, que se puna o senador criminal e politicamente. Se não for armação, que preste solidariedade ao Senador, na condições de Chefe de Estado.

Não podemos ser como aqueles que tanto criticamos. Considero Lula o maior político vivo, mas penso que o apoio ao presidente deve ser feito com racionalidade.

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