Por Santo Tito


A Feirinha que ocorre todas as sextas-feiras em frente ao Banco do Brasil é um evento comunitário vibrante, que serve como um ponto de encontro para moradores e visitantes. Como mentora e organizadora a Eliane, técnica em zootecnia, desempenha um papel crucial na coordenação das atividades, garantindo que os vendedores locais tenham a oportunidade de exibir seus produtos, desde artesanato até alimentos frescos. Este evento não só fomenta o comércio local, mas também promove a sustentabilidade e o espírito de comunidade. A iniciativa ecoa movimentos globais como “Sextas-feiras para o Futuro”, que destacam a importância da ação coletiva e da conscientização ambiental.

A dinâmica de vendas sugere um modelo de negócio onde nem sempre a exposição do produto é o principal fator de atração para os clientes. A Feirinha pode ser característico de negócios que operam por encomendas ou que têm uma base de clientes já estabelecida e confiante, que conhece a qualidade e o valor do que está adquirindo. Nesse contexto, a eficiência do processo de pedido e retirada de mercadorias se torna um ponto crucial, pois a conveniência e a confiança do cliente são mantidas, garantindo assim a continuidade das operações comerciais e a satisfação do consumidor.

É importante considerar estratégias para manter a visibilidade e o interesse dos clientes potenciais, talvez através de marketing digital ou mostruários virtuais, que podem compensar a falta de exposição física dos produtos.
Na manhã do dia 27 de setembro de 2024, tivemos o raro prazer de termos um colóquio com a Eliane. Simpática, educada, bem-falante e articulada, discorremos sobre os CONSELHOS MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (CMDSs), que são espaços de controle e gestão social cujo objetivo principal é a construção, priorização, adequação e aprimoramento das políticas públicas a partir das demandas estabelecidas nos municípios. Compõe esse conselho representantes da SOCIEDADE CIVIL, da EMATER, do SINDICATO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA FAMILIAR, da PREFEITURA MUNICIPAL. Estão fazendo parte da feirinha representantes do artesanato, da agricultura familiar, da colônia de pescadores e do sindicato rural.

A esse pessoal que participa da Feirinha da Eliane e os que vierem a dela participar, é necessário que tenham em mente que lucro é coisa do futuro, não é imediato. O que precisa é se mostrar para o mercado. Acreditar nele. O retorno chega. E quando ele chegar todos vão se beneficiar. Mas o maior dos problemas que conseguimos perceber, é a falta de união que existe entre os produtores rurais. Eles não conseguem pensar, muito menos agir como cooperados, que é a maneira mais prática de cortar grande parte dos atravessadores, os que mais ganham e que mais se locupletam com essa desunião. Está faltando uma liderança com poder de persuasão para dirimir parte dessa dificuldade. Uma andorinha só não faz verão.

Eliane da Feirinha, vimos que despertas uma visão de futuro muito aguçada. Não desista dos recalcitrantes, sabemos que são a maioria, mas a tendência é que o futuro mostrará o tanto de possibilidades que surgirão. E tendo em vista as dificuldades de acesso ao um local predestinado para armar as barracas da Feirinha às sextas-feiras, normalmente ocupado pelos veículos de clientes do Banco do Brasil, sugerimos entrar em contato com a prefeitura local para fazer uma marcação visível, definitiva, e acabar de vez com essa agonia da sexta-feira.

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