A Fifa abriu o procedimento disciplinar para definir o que fazer após a suspensão do jogo entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2022. O Comitê Disciplinar da entidade vai julgar o caso, e a CBF já foi notificada do avanço do trâmite em Zurique. A entidade brasileira recebeu um prazo inicial de seis dias para enviar a defesa, segundo um dos vice-presidentes, Gustavo Feijó.
A estratégia da CBF será juntar o máximo de documentos para apontar que não foi responsável pela interrupção do jogo, entre eles os e-mails por meio dos quais diz ter informado os adversários sobre as exigências sanitárias do governo. A súmula do árbitro venezuelano Jesús Valenzuela e o relatório do delegado da partida serão usados como uma das provas.
“Recebemos a notificação hoje e temos o prazo para mandar a defesa. Estamos muito tranquilos porque vamos passo a passo. Primeiro, fizemos as notificações tanto à Conmebol tanto quanto à AFA, que é uma questão de cordialidade. O protocolo de intenções da Conmebol sobre as Eliminatórias fala que tem que se respeitar as regras sanitárias do país. Outro detalhe: nós, em momento algum, desde que perdemos nove atletas, pedimos para não jogar. Os argentinos vêm, descumprem as regras sanitárias brasileiras. Então, quem deu causa à suspensão da partida não fomos nós”, disse Gustavo Feijó, um dos vice-presidentes da CBF.
Paralisado
O jogo foi paralisado aos cinco minutos do primeiro tempo quando funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com suporte da Polícia Federal, foram à beira do gramado para buscar três dos quatro jogadores argentinos que vieram da Inglaterra há menos de 14 dias e por isso deveriam ter ficado de quarentena por 14 dias. Além disso, segundo as autoridades de saúde brasileiras, os jogadores deram informações erradas quando desembarcaram no Brasil, sexta-feira, não informando que tinham vindo recentemente do Reino Unido.