Fonte: Diário do Centro do Mundo – DCM

Uma menina, de 12 anos, e um menino, de 11, ficaram gravemente feridos após o ataque de dois pitbulls em um parquinho na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, na terça-feira (12). O responsável pelos cachorros não foi localizado.

Segundo o boletim de ocorrência, ela sofreu “lesões lacerantes” nos braços, cabeça, mãos e na região do peito. Foi socorrida por policiais, encaminhada à Unidade Básica de Saúde (UBS) local e já recebeu alta.

O garoto também foi levado para a UBS por um vizinho. Contudo, devido à gravidade dos ferimentos, um deles na perna, foi transferido para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde segue internado com saúde estável.

Na quinta (14), Nilton Nivaldo de Souza, de 37 anos, morreu após ser atacado por um pitbull enquanto trabalhava como pedreiro. O caso aconteceu em Ribeirão Pires.

Ele estava trabalhando sozinho em uma residência, quando o monstro, que estava preso em uma área do imóvel, se soltou e o atacou.

Pitbulls estão sujeitos a restrições em aproximadamente 24 países, incluindo Reino Unido, Espanha, Rússia, Argentina, Itália e Nova Zelândia, e regulamentações específicas em nações como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Japão e Brasil.

Embora a conduta de um cão dependa em grande parte do treinamento e criação que recebe, algumas autoridades argumentam que certas características físicas e históricos comportamentais podem representar riscos inerentes.

A maioria dos incidentes envolvendo pitbulls ocorre devido à não observância de leis que exigem que cães considerados perigosos circulem em locais públicos com guias e enforcadores adequados. A fiscalização ainda é deficitária.

Essa regulamentação também se aplica a outras raças consideradas agressivas, como fila, doberman e rottweiler. É obrigatório que esses animais, quando em locais públicos, sejam conduzidos por pessoas maiores de 18 anos e com os acessórios de segurança apropriados — focinheira e coleira específica. Os responsáveis pelos animais são legalmente responsáveis por quaisquer danos causados.

A violência dos pitbulls não vem apenas de sua história de criação para lutas, mas também de uma predisposição genética para determinação e resistência em situações de confronto.

Katherine Houpt, diretora da Clínica de Comportamento Animal da Universidade Cornell, nos EUA, e autora de livros sobre cães, afirma que diferentes raças têm predisposições genéticas para certos comportamentos, que podem ser influenciados pelo modo como são criados. Segundo ela, os pit bulls são inerentemente agressivos e muitas vezes possuídos por pessoas que desejam encorajar essa agressividade.

Os pitbulls são descendentes do extinto “bulldogge” inglês, usados no esporte brutal de provocar touros e depois matá-los no início do século XIX. Após a proibição desse esporte, os criadores se voltaram para as lutas de cães organizadas

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