Por Santo Tito
Se você olhou para o céu na noite desta segunda-feira e viu uma lua grande e brilhante, pode estar se perguntando porque cientistas a chamam de “Superlua Azul”. Apesar do nome, a Lua não tinha nada de azul. Qual é, então, a origem deste nome? Ela foi chamada de “superlua” porque está até 90% mais próxima da Terra, e, por isso, parece maior e mais brilhante. Isso porque a denominação “azul” não tem nada a ver com a coloração.
O ciclo das fases da Lua dura aproximadamente um mês. Isso significa que há, normalmente, uma lua cheia por mês, ou 12 por ano. Já a “Lua Azul” acontece quando a lua cheia aparece mais de uma vez em um mês, ou mais de três vezes em uma estação, o que confundia aqueles que usavam suas fases para calcular o calendário. Na época, portanto, a “lua azul” fazia com que as pessoas cometessem erros na definição das datas.
Esta não é a única “lua colorida” conhecida hoje. As diferentes superluas passaram a ser nomeadas, na década de 1930, a partir de cerimônias indígenas ao redor do mundo, dando origem a nomes como Lua do Esturjão, Lua Vermelha, Lua do Milho, Lua do Grão, Lua Rosa, Lua do Cachorro…
Nem sempre a relação é fácil de entender. A ‘”Lua de Morango”, que acontece a cada 18 anos, foi batizada por nativos americanos devido ao período de maturação do morango nos Estados Unidos — e não se parece nada com a fruta. A junção do evento da superlua com a lua azul, como a que ocorre agora, é considerada uma raridade astronômica.
“Lua Rosa” no calendário cristão é a Lua Pascal, a partir da qual se calcula a data da Páscoa. De acordo com a tradição, o feriado cristão da Páscoa é celebrado no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera.
Esta será a primeira de quatro superluas deste ano, que acontecerão também em setembro, outubro e novembro. No entanto, uma superlua azul está prevista para acontecer novamente em 2037.
O fenômeno da superlua azul será visível a olho nu até esta quarta-feira, 21. Veja ao entardecer.