Num futuro incerto, o Brasil tem seu primeiro foguete tripulado lançado pela Barreira do Inferno, em Natal (RN). Um acontecimento que deixa todos muito orgulhosos e é motivo até de um feriado nacional! Mas, para além da conquista científica, são as mudanças que esse acontecimento provoca na vida de uma família, que servirão de ponto de partida para o filme “Sideral”, curta-metragem potiguar que concorre na mostra competitiva do aclamado Festival de Cannes, na França.

Há crítica política no filme, mas isso está diluído nas entrelinhas, o foco está no enredo. O pano de fundo é um Brasil administrado por um governo militar, mas isso não fica claro. A intenção é de deixar a trama mais universal”, conta Pedro Fiúza, produtor do filme.

A indicação ao festival é inédita para o Rio Grande do Norte e “Sideral”, que foi filmado nas cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim,  concorre com mais um brasileiro na mostra competitiva de curtas metragens, o paulista “Céu de Agosto”. Para receber a indicação à Palma de Ouro, a produção potiguar passou numa seleção com outros 3.739 filmes de todo o mundo.

Por causa da pandemia, todo o trabalho de produção aconteceu na modalidade remota e apenas as filmagens foram realizadas presencialmente, porém, com a metade da equipe que costuma rodar um filme, normalmente. Todo o roteiro, produção e equipe que trabalhou em “Sideral” é potiguar. O curta-metragem é dirigido por Carlos Segundo em parceria com a produtora Casa da Praia Filmes. Além de dirigir e roteirizar, Carlos também é professor titular de Audiovisual da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Fonte: Saiba Mais – Por Mirella Lopes

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